A mulher enervou-se:_Hum,hum!É só oque tem pra dizer?Do jeito que a coisa vai e pela sua tranquilidade não vai sobrar um ovo pra contar a história,isso se sobrar galinha. O marido se preocupava,mas não conseguia era decifrar o mistério,já que o galinheiro era muito bem cercado.Chegou até a pensar que as próprias galinhas estariam devorando os ovos,mas concluiu ser isso impossível,pois não encontrou nem vestígios de casca nos ninhos.Olhou pra mulher pensando:Por que é que ela não tenta descobrir a causa do sumiço ao invés de ficar me atormentando?" Como se adivinhando os pensamentos do marido a mulher falou:_Não está te passando pela cabeça que eu deveria descobrir oque está acontecendo e agarrar o gatuno,né? Zé gaguejou:_É que,é que...não sei oque fazer. Isso é coisa pra homem-gritou a mulher-Quer que sua esposa corra perigo nas mãos de quem sabe um perigoso bandido? Zé então decidiu ficar de vigia.Eram nove e meia da noite e debaixo de uma mangueira ele estava atento. De repente ouviu barulho de passos.Levantou a espingarda e esperou.O vulto se acercou da porta do galinheiro e surpreso Zé enxergou a sua mulher vestida num camisolão branco.Ficou observando até que ela saiu com um ovo em cada mão e foi direto pra cozinha guardá-los em uma cesto debaixo da pia.Logo em seguida ela retornou ao quarto se deitando. Satisfeito com o fim do mistério,Zé ajeitou a coberta sobre a esposa enquanto pensava sorrindo.-"Durma bem,minha querida sonâmbula."
Literart é um espaço criado para armazenar meus escritos literarios e para divulgação dos mesmos.
literatura e arte
"Cuando la lectura pasa a ser parte de la vida del individuo en forma naturaly,se convierte en hábito e dificilmente se puede dejar"
domingo, 9 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Nada
Quando acordei sua imagem invoquei e,nada. Tentei recordar seu sorriso,vi um vulto inexpressível,mais nada. Busquei sua foto na gaveta,mas a emoção no peito desfeita,nada. Lembrei de noites tão frias,meu corpo ansiando carinho e você nada. Sorrindo suspirei satisfeita,da louca paixão já refeita,daquele amor não restou nada.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Coisas da vida
Era a quinta vez que Marilda ia ao portão olhar a rua.A mãe observou sua tristeza ao retornar a casa.Dona Ana nada dizia,mas era solidária a filha naquele desespero e sabia também que Marilda já estava se acostumando aos enjoos,a gravidez e o sumiço do namorado. Conheceram-se ao final de uma missa e em pouco tempo começaram o namoro.Desde então,Anselmo comparecia em sua casa todas as noites,onde na presença dos pais quase não se falavam,raramente se davam as mãos.Na despedida no portão porém,eram ousados,trocavam rápidas carícias e os beijos ardentes eram liberados. Uma noite ele falou de sua paixão e da vontade de possuí-la e ela timidamente confessou o seu amor e falou do fogo que a consumia por dentro. Matreiramente Anselmo propôs que todas as noites assim que os sogros fossem dormir,ele retornaria a casa e entraria pela janela do quarto da moça. O romance pegou fogo!Cheia de volúpia,Marilda o aguardava nua por entre os lençoes e amavam-se com sofreguidão até a pálida luz do amanhecer. Durante dois meses tudo foi felicidade,mas um exame médico veio destruir o romance.Ao saber da gravidez da amante,Anselmo se aborreceu.Não queria e nem podia assumir a responsabilidade de um filho,pois era casado e estava na cidade só a trabalho.Numa fria madrugada fez as malas e partiu sem despedidas ou remorsos. Marilda chorou,lamentou e seu filho nasceu no dia em que ela completou quarenta e cinco anos de idade. Vânia lopes
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